Fim de tarde, princípio da escuridão,
lá fomos nós lanchar, no restaurante apelidado de canto dos polícias.
Foi conversa a quatro, risos, piadas, trabalho, petiscos e rádio colado ao ouvido.
Tudo tão imprevisto, quanto irremediável.
Fuga de mais um turno de serviço, para descanso prometido, na ânsia de voltar a chegar ao refúgio casa.
Tempo de jantar, momento breve, telefone que toca…
Notícia que voa
Morte anunciada
Partiste, mas deixaste a tua marca de amizade insubstituível.
Risos lembrados, primeiros passos na calçada, da armadilha rua,
Hoje, já poucos se lembram que partiste, mas continuas a ser um de nós.
Lembro-me da tua força, da tua juventude, dos teus planos…
Lembro-me da tua vaidade de seres polícia,
Lembro-me das lágrimas vertidas pelos teus companheiros,
Lembro-me da dor dos teus pais, do teu irmão e namorada,
LEMBRO-ME de TI…MOREIRA.
4 comentários:
Custa sempre quando alguém próximo parte. Não se pode é cair na tristeza. Chorar a partida sim, mas relembrar depois o que vai a passagem por cá, o que se fez e onde se chegou. E é aí que está a alegria da vida.
Abraço forte
Isabel:Obg.
Lamento a perda, sei o que custa perder alguem essencial à nossa vida e de um momento para o outro, deixarmos de poder usufruir da sua companhia.
Já agora, nao posso deixar de reparar no enorme jeito que tem para escrever, nao sei se é por ter sido um texto onde transmitiu os seus sentimentos, ou por se tratar de um dom natural.. Gostaria de agradecer o contributo que deixou no meu blog, e prometo que vou tentar contribuir para o seu blog sempre que conseguir.
Um beijinho, Silvia
Silvia: Obrigada pela tua visita e pelas tuas simpáticas palavras.
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