segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

PARTIDA…




Fim de tarde, princípio da escuridão,

lá fomos nós lanchar, no restaurante apelidado de canto dos polícias.

Foi conversa a quatro, risos, piadas, trabalho, petiscos e rádio colado ao ouvido.

Tudo tão imprevisto, quanto irremediável.

Fuga de mais um turno de serviço, para descanso prometido, na ânsia de voltar a chegar ao refúgio casa.

Tempo de jantar, momento breve, telefone que toca…

Notícia que voa

Morte anunciada

Partiste, mas deixaste a tua marca de amizade insubstituível.

Risos lembrados, primeiros passos na calçada, da armadilha rua,

Hoje, já poucos se lembram que partiste, mas continuas a ser um de nós.

Lembro-me da tua força, da tua juventude, dos teus planos…

Lembro-me da tua vaidade de seres polícia,

Lembro-me das lágrimas vertidas pelos teus companheiros,

Lembro-me da dor dos teus pais, do teu irmão e namorada,

LEMBRO-ME de TI…MOREIRA.

4 comentários:

Anónimo disse...

Custa sempre quando alguém próximo parte. Não se pode é cair na tristeza. Chorar a partida sim, mas relembrar depois o que vai a passagem por cá, o que se fez e onde se chegou. E é aí que está a alegria da vida.
Abraço forte

Joao Mouteira disse...

Isabel:Obg.

Sílvia disse...

Lamento a perda, sei o que custa perder alguem essencial à nossa vida e de um momento para o outro, deixarmos de poder usufruir da sua companhia.

Já agora, nao posso deixar de reparar no enorme jeito que tem para escrever, nao sei se é por ter sido um texto onde transmitiu os seus sentimentos, ou por se tratar de um dom natural.. Gostaria de agradecer o contributo que deixou no meu blog, e prometo que vou tentar contribuir para o seu blog sempre que conseguir.

Um beijinho, Silvia

Joao Mouteira disse...

Silvia: Obrigada pela tua visita e pelas tuas simpáticas palavras.