quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano Novo…2010


Sonhos, que procuram irromper da escuridão

Sorrisos, que clamam por destino

Olhares, que buscam verdades

Lágrimas, que afagam sentidos

Esperanças, que rompem dias

Ano Novo…ACREDITAR…ACREDITAR…

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

NOITES


Vento… que ouve

Chuva… que sussurra

Indigente… que se funde com as pedras da calçada

Luz… que afaga sombras

Passos…sem rosto

Horas…sem tempo

Frio…sem sono

Solidão…sem dono

Noites…sem…


*** Sente, Vê, Vive***

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

PORQUE É NATAL…



Os HOMENS decidiram dar umas tréguas a DEUS, para que este, por breves momentos, possa retirar as mãos, que lhe tapam o rosto, de forma a não se envergonhar dos actos praticados por aqueles que fazem parte da sua criação.
Assim, fazendo jus aos salmos 82:6, exclamados na Bíblia Sagrada” VÓS SOIS DEUSES”

Os Homens resolveram celebrar a PAZ

Acabaram com a FOME

Passaram a ser JUSTOS

Riscaram a palavra ÓDIO

Sentiram-se IGUAIS

Aceitaram as suas DIFERENÇAS

Celebraram o AMOR

Respeitaram o seu SEMELHANTE

Mas tal como o Natal não dura para sempre, no coração do Homem, também a sua palavra tem a mesma durabilidade.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

GRITOS...


Síria, será talvez o teu verdadeiro nome.
Irrompeste do frio, madrugada dentro, com os olhos carregados do negrume do desespero. Murmúrios que se tornaram palavras, desbravaram a distância que separa o polícia da viciada e o apelo da alma surge.
Teus olhos escuros, inexpressivos, falavam de dores de alma, de protestos silenciosos, de dores reais.
Foi passado, presente e indiferença do futuro, que nos levou por tempo a ser cúmplices das sentidas pedras da rua.
Droga… sempre esta palavra, que vai roubando sonhos e transforma sorrisos em lágrimas que não se ouvem.
Depois, chegou a dor, expressa na fala, ao mencionares uma criança, que não sabe a palavra mãe e a face endurece com tremores de lábios rasgados, pela ausência da voz.
Foram momentos breves, agasalhados pela disponibilidade de ouvir. Só isto...porque afinal todos sentimos e precisámos de desabafar.
Já são oito horas e o Aleixo chama mais uma vez pela dor alheia…

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

AMARRAS


Quebrar amarras, romper laços, fugir das correntes…
E se acordássemos com esta disposição?
E se tivéssemos essa coragem, quem sabe?
Se um dia desse voz ao coração e vendasse a consciência
Como seria?
Se fosse forte e vivesse os sentidos, partindo as correntes que me aprisionam, como?
Se? E se não houvesse este se, como seria?
Viver só pelo significado dos olhares, dos sorrisos, dos afectos…
Inconsciência ou fome da vida plena?
Palavras esquecidas, sonhos rasgados, procura…
Se quebrar, talvez me parta…

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

DESEJOS


Quem me dera ser FOGO, para te reacender a luz da esperança

Quem me dera ser AR, para te ajudar a voar para a vida

Quem me dera ser ÁGUA, para ser a tua fonte de inspiração

Quem me dera ser TERRA, para te renovar


*** Dedicado a todos os que pensam em desistir…***

domingo, 13 de dezembro de 2009

QUEM SABE…



Quem sabe… qual o PALADAR, do amor

Quem sabe… qual o CHEIRO, da traição

Quem sabe… VER as mentiras, num olhar

Quem sabe…o SOM, das lágrimas perdidas

Quem sabe…reconhecer o TOQUE, do ciúme

Quem sabe… saberá?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

ENCONTRA…



Alguém, que saiba ler-te a alma

Alguém, que conheça os teus olhos

Alguém, que ouça o teu coração

Alguém que te procure, quando estiveres perdido

Alguém que saiba ouvir, a voz do teu silêncio

Alguém, que recolha as lágrimas que deixas fugir

Alguém, que ampare os teus desejos

Alguém, que sonhe contigo

Alguém, que respire o teu ar

Alguém, que valha a pena…

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

QUE DIA...


Hoje, fui acordado pelos braços do sol, que afagavam o meu rosto e me convidavam para um passeio pelas ruas desta cidade maravilhosa, que tem pouco de cinzenta e muito de bela.
Assim, enquanto caminhava tranquilamente ao som do vento e ao ritmo da vida, observei que um deficiente motor, que se fazia transportar numa cadeira de rodas, fazia o seu percurso de forma harmoniosa e tranquila, já que não havia qualquer obstáculo físico que impedisse essa caminhada graciosa. Ao passar por mim, sorriu e eu retribui com um abraço apertado, de irmãos. De seguida, reparei que junto a uma caixa multibanco, encontrava-se uma invisual, tão bela que cegava, a fazer levantamentos, já que esta caixa possuía todas as teclas com símbolos em Braille e eu sorri. Ao virar a próxima esquina, reparei que um mudo, de cabelos ao vento, encontrava-se na esplanada de um café, rodeado de gente amiga, pois os olhares entre si eram prova evidente dessa condição e eles conversavam, pela linguagem gestual ,de forma simples e eficaz. Isso não era novidade, uma vez que este tipo de linguagem é obrigatório no ensino, e apreende-se em apenas dois anos. Continuei a minha caminhada e quando já dava sinais de cansaço, aproveitei para me sentar nessa maravilhosa praça, onde o monitor gigante, aí instalado, projectava imagens de mais um debate na assembleia da república e eu então constatei que a maioria dos deputados eram gagos, mas não mentiam, outros eram cegos, mas olhavam nos olhos, dos seus eleitores e ainda outros eram mudos, mas gritavam bem alto razões da sua luta. É assim, a maioria dos deputados eram pessoas portadoras de alguma deficiência, mas isso não os impedia de nos governar.
Já restabelecido, continuei a minha passeata e constatei que todas as escolas, por onde passei ,estavam equipadas com rampas de acesso funcionais e os seus vigilantes eram pessoas de idade, ou seja, com mais experiência de vida que nós, que íam recebendo os alunos, como recebem os netos nas suas casas e eu voltei a sorrir. Vi ainda um polícia, na sua bela farda, sem qualquer objecto de defesa, pois também não precisava, já que ele era apenas um amigo ,que estava na rua a sorrir a quem passa. Por fim,ao chegar a casa reparei que também eu era invisual e gago…mas a chuva fez-se ouvir e fiquei sem saber o nome desta cidade. Vou dormir…

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

PARTIDA…




Fim de tarde, princípio da escuridão,

lá fomos nós lanchar, no restaurante apelidado de canto dos polícias.

Foi conversa a quatro, risos, piadas, trabalho, petiscos e rádio colado ao ouvido.

Tudo tão imprevisto, quanto irremediável.

Fuga de mais um turno de serviço, para descanso prometido, na ânsia de voltar a chegar ao refúgio casa.

Tempo de jantar, momento breve, telefone que toca…

Notícia que voa

Morte anunciada

Partiste, mas deixaste a tua marca de amizade insubstituível.

Risos lembrados, primeiros passos na calçada, da armadilha rua,

Hoje, já poucos se lembram que partiste, mas continuas a ser um de nós.

Lembro-me da tua força, da tua juventude, dos teus planos…

Lembro-me da tua vaidade de seres polícia,

Lembro-me das lágrimas vertidas pelos teus companheiros,

Lembro-me da dor dos teus pais, do teu irmão e namorada,

LEMBRO-ME de TI…MOREIRA.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

SABORES…




Ao saborearmos uma bebida tão agradável como o chá, certamente que desconhecemos uma realidade bem diferente daquela que imaginámos, pelo aconchego que esta nos proporciona, especialmente em noites frias.
Assim, a maior parte das pessoas desconhece que empresas tão importantes como a Lipton, entre outras, possui vastas extensões de terra, em países como o Quênia ou o Sri Lanka. Aí, diversas mulheres, de todas as idades, trabalham entre dez a quinze horas diárias, na colheita das folhas, somente pelo período de três meses, sem qualquer contracto de trabalho, para levarem o equivalente a 50 cêntimos diários, de gratificação. Se adoecerem, não recebem, independentemente de terem sido por exemplo mordidas por alguma cobra, que frequentemente deambulam por estas plantações.
O sabor reconfortante desta bebida, para os europeus, vem assim impregnado de sofrimento na sua origem, pois para além de ser produzido em países em que as pessoas sobrevivem no limiar da pobreza, também ainda há os que as exploram desta forma aberrante.
Assim, o sabor do chá pode ter vários gostos…

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MEDO(S)…


Tenho medo de Olhar e não Ver

Tenho medo de Falar e não ter quem me Ouça

Tenho medo de estar no meio da Multidão e sentir- me

Tenho medo de Envelhecer e não ter Saúde

Tenho medo de me Deitar e não mais Acordar

Tenho medo de Viver sem Sonhar

Tenho medo de Morrer sem Ser…

O “crime” DO PADRE RUI


Na freguesia de Carvalho, em Terras de Basto, nos tempos que correm, houve um Homem, que por AMOR ao próximo, se tornou padre. Esse mesmo Homem, por AMOR, teve que abdicar desse ideal e vocação, para poder exprimir outro tipo de AMOR, que dele se apoderou.
Houve quem o criticasse e também quem o compreendesse, mas afinal será que esses amores, são incompatíveis? Será que um homem, que tem por vocação, o servir, não pode ter sentimentos para com alguém? Será que para se ser um bom padre, é necessário o celibato?
Não me parece que um padre, exerça melhor o seu ofício, só porque optou pelo celibato.
Será justo um homem ter que reprimir o que sente, para poder servir o seu próximo?
Também não creio.
Parece-me assim, que mais uma vez os intérpretes dos bons usos e costumes, deixaram que um padre competente tenha que renunciar à sua vocação, só porque um dia AMOU…
AMAR, será a máxima divisa que um padre poderá almejar, quer seja a servir o seu semelhante, quer seja a assumir sentimentos para com ele.
Por alguma razão se diz que o AMOR é que faz mover o mundo e assim sendo espero que o “padre” RUI, continue a amar e a ser amado.
Para os intérpretes da vida: (RUI e Fátima):
O AMOR…não nos envergonha, faz-nos sentir vivos e a caminhar na estrada da verdade.


terça-feira, 24 de novembro de 2009

O AUTOCARRO


Hoje, constatei a veracidade de algo que vem sendo manchete nos jornais e similares.

Tem-se dito por aí que o povo Português anda triste, que algo se abateu sobre o quotidiano das pessoas, que as levam a andar com cara de pouco amigos.

Assim, entrei no autocarro e no percurso bem curto entre a Constituição e a Boavista, verifiquei que no interior deste, encontravam-se nem mais nem menos do que 14 pessoas, umas bastante novas, outras mais vividas e ainda outras com vasta experiência, nesta caminhada da vida. Olhando atentamente constatei que todos, excluindo a minha pessoa, tinham um ar sisudo, rostos marcados pelo ar carrancudo e sorrisos ou esboços destes, nem vê-los. Assim disse cá para os meus fechos (pois botões não havia):” Realmente as pessoas perderam a capacidade de sorrir…”.De repente e quando me encontrava a fazer conjecturas para justificar este mistério, entra no autocarro uma senhora, na casa dos seus 40 anos, bem tratados ou vividos, com uma saia preta, de proporções generosas, com uma garrida camisola de lã, com um decote em V, que a favorecia indiscutivelmente e com umas meias com mil e um rendilhados. Então surgiu a luz ao fundo do túnel, ou melhor ao fundo da Rua Nossa Senhora de Fátima, três cavalheiros, que se encontravam mesmo à minha frente, na casa dos …enta, gentilmente arredaram-se do caminho da referida senhora e todos em sintonia exibiram o seu sorriso, tendo eu então o privilégio de ser bafejado com uma piscadela de olho, por parte de um destes cavalheiros, que manifestamente ficou encantado com a presença feminina.

Logo a minha teoria foi por água abaixo e afinal os portugueses (pelo menos os homens, na casa dos …enta) ainda conseguem sorrir, nem que seja à custa de umas meias fora do comum…abençoada senhora.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

PRIMEIRO PASSO…


O dia 14 de Novembro, deste ano, que se prepara para findar, trouxe-me um momento verdadeiramente especial. Foi o dia em que fui prestar provas da minha aprendizagem, até à data, para ver se passava a ter a graduação de 8º Kyu, na modalidade de Karaté, da qual sou aprendiz, como diz a minha boa amiga Isabel.
Assim, foi engraçado ter vivido a sensação pelo qual passam todos os aprendizes, visto que já conhecia o lado de cá da barricada, enquanto observador de tais exames.
O melhor, é que após ter superado um nervoso miudinho, que se entranha, vai lá saber-se porquê, superei o que se exige aos aprendizes do meu nível, passando assim a ser mais um aprendiz do 8º Kyu.
Importante mesmo, foi a presença de alguns amigos, que fizeram questão de prestar o seu apoio e de mostrar que realmente são pessoas que dizem presente, em momentos especiais. Foi também gratificante verificar que agora se deu uma inversão de papeis no que toca à relação pai/filha, pois se até aqui era eu quem tinha por missão registar para a posterioridade todos os momentos da Carla, agora coube-lhe a ela estar nessa posição, o que não deixa de ser curioso.
Assim, foi dado o primeiro passo, no que espero que seja uma longa caminhada, especialmente no que toca ao reforço de laços de amizade, companheirismo e partilha.
Já agora, este novo cinto é sem dúvida um pouco de todos vós (companheiros de treino), que passo a envergar, pelo muito que me têm ensinado e pela constante disponibilidade com que me incentivam a melhorar.

sábado, 14 de novembro de 2009

SEGREDOS


Poucos, muitos, alguns…
Todos os temos, mais ou menos, escondidos no nosso livro da vida.
Alguns pesados, como pedras e outros leves, como o vento.
Segredos de horas, de vidas, de segundos, que desvendados nos tornariam diferentes aos olhos de quem nos vê.
Mais fortes, mais fracos, menos puros, mais humanos…
Segredos…são cicatrizes escondidas, de cada um…envergonhadas do dia, que podem ser transformadas em feridas abertas, se descobertas, por quem de tanto se escondem.
Segredos…gritos da consciência, abafados pela ausência de voz que os reporte ao mundo.
Segredos…tudo começa num silêncio…

PORMENORES
















Todos os anos, em Novembro, antes da chegada do dia 16, faço questão de repetir um ritual (desde que tenho casa), em que pormenores, tornam a minha habitação em algo mais apropriado, a que gosto de chamar lar.
Diria que esta situação por mim vivida, ano após ano, não tem explicação, pois o espírito que se apropria de mim não foi algo que me fosse transmitido ou adquirido, de forma consciente.
Assim, nestes dias, surgem em minha casa árvores de Natal, Pais Natais, de diversos tamanhos e feitios, Pinheiros cantantes, Máquinas de neve, Velas, Presépios, luzes e demais artigos relacionados com a época Natalícia, que a maioria das pessoas associa a Dezembro.
Para mim, Dezembro é Novembro e divirto-me sempre bastante ao ver a cara de espanto que os meus vizinhos fazem ao ver dois Pais Natais, pendurados na fachada do prédio onde habito, procurando entrar por uma das janelas de minha casa, tentando desesperadamente explicar aos mais pequenos, que por ali passam, que também eles irão pendurar os seus Pais Natais, mas só lá para Dezembro. É bastante divertido observar a impaciência dos pais a explicar aos filhos que ainda é muito cedo para festejar o Natal, o que eles contestam perante as evidências dos meus queridos Pais Natais.
Assim torna-se um mês mágico (Dezembro) em dois ou três, pois a forma e a intensidade com que eu os desfruto, é algo único.
A palavra 'natal' do português já foi 'nātālis' no latim, derivada do verbo 'nāscor' (nāsceris, nāscī, nātus sum) que tem sentido de nascer. Assim, neste sentido, o meu Natal, começou a ser efectivamente vivido acerca de 17 anos, altura em que a minha filha nasceu e este facto foi sem dúvida o despertar da minha consciência para a importância do acto nascer. Tenho recordações únicas, desde expressões faciais a sorrisos perfeitos, relacionados com esta época e a maior recompensa que recebei num Natal, foi quando numa noite mágica, (aí sim de Dezembro) o Pai Natal após ter invadido a minha casa, pois as marcas das suas botas, ficaram gravadas na alcatifa da sala, escapou-se por uma janela, para não ser surpreendido pela minha filha e na sua retirada estratégica deixou cair o barrete, que logo se alojou na cabecita da pequena Carla e só daí saiu à hora de deitar. O brilho, no seu olhar inocente, foi algo inesquecível e assim se transformou uma noite de Dezembro, em algo mágico e eterno.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

MEMÓRIAS


São 4.53 da manhã, numa madrugada cinzenta, varrida pelo som de músicas antigas, que me embrenha no passado.
Noites passadas ao som das mesmas músicas, com histórias diferentes, pessoas ausentes e sentidos perdidos.
Sentimentos marcados por olhares intensos, vividos sem horas, sem culpas ou perdão.
Sombras passadas, na Lua presente, abraçam o meu pensamento e sussurram saudade.
Perdido no tempo, num sonho, esqueço sentidos, vozes, promessas…
Acordo… Sirene que geme, auxílio que grita…sonhos que voam…

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

NOVOS OLHARES


EXPERIMENTEM estar um dia, apenas 24 horas, sem ouvir qualquer tipo de música

Experimentem estar um dia, sem falar para ninguém

Experimentem estar um dia, sem ver a claridade do dia

Experimentem estar um dia, sem receber e dar afectos

Experimentem estar um dia, vestidos com uma única peça de roupa

Experimentem …

No dia seguinte, experimentem ouvir a música, “Time To Say Goodbye”-Andrea Bocelli & Sarah Brightman

Experimentem conversar, com alguém que valha a pena

Experimentem, observar uma árvore a baloiçar, ao ritmo do vento

Experimentem beijar alguém, com paixão

Experimentem vestir uma roupa, que vos agrade

E depois constatem em como somos uns felizardos, por desfrutar de coisas tão simples.

Agora Imaginem que nasceram num dos dez Países mais pobres do mundo

e reparem como não era possível dizer EXPERIMENTEM…

Os vossos olhos, depois de abrirem, irão ver outro mundo…






sábado, 31 de outubro de 2009

REFLEXÕES



Hoje, vou partilhar com vocês, sensações por mim vividas, na última sexta.
Num treino orientado pelo nosso camarada Rodrigo, supervisionado pelo Paulo, decorreu um torneio interno de” Katas” e “Kumite”. Assim na primeira volta, polémica no sorteio, tocou-me como oponente a minha estimada camarada de cinto, Li. Após várias instabilidades por mim apresentadas, mais em consonância com o tempo que se apresentava, do que propriamente com o que era pretendido na execução da respectiva Kata e num corre, corre, sem justificação, pois nem tinha que ir trabalhar, fui logo arredado da disputa da segunda volta.
No que toca ao Kumite, a sorte (sorteio censurado) não foi melhor, pois o meu oponente era nem mais nem menos, que o Rui (cinto castanho!!!) e está visto. Aguardando os meus impulsos de principiante, o Rui aproveitou para contra atacar pela certa, aplicando golpes pontíferos( resultam em pontos), que obviamente me eliminaram.
Posto isto, restou-me ter o privilégio de poder observar toda a técnica e capacidade demonstrada pelos outros participantes, quer na execução de diferentes Katas( só o Nuno para se lembrar daquela Kata) quer no Kumite, chegando pois à conclusão por demais evidente que o praticante de karaté tem uma longa caminhada pela frente, para atingir níveis técnicos apreciáveis.
Assim foi por demais evidente que o percurso do karateca, é longo e exigente, sendo requisitos exigíveis aos seus praticantes a persistência, determinação e carácter, para se poder dizer de pleno direito, que se é praticante desta nobre arte milenar.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

DESABAFOS DE UM POLÍCIA


Que futuro se reserva à nossa POLÍCIA e aos que a servem?
Certamente que o futuro desta instituição terá que passar por remodelações profundas, de modo a melhor servir a população em geral e para que os seus elementos se sintam mais úteis ao cidadão e mais capazes nas suas intervenções. Vinte anos de profissão servem para reflectir nas mudanças que foram ocorrendo quer na instituição que sirvo, quer na mudança de mentalidade dos próprios polícias. Assim, eu ainda sou do tempo, em que os polícias eram comandados por destacados elementos militares e em que se viam na rua, polícias em missão de prevenção. Em 1991, no departamento policial onde presto serviço, entrávamos de serviço, em todos os turnos, cerca de oito a nove elementos, numa área de serviço, relativamente pequena. Hoje e com a reestruturação que foi feita ao longo destes anos, apregoando racionalização de meios, não se vê um elemento policial apeado na via pública, com excepção dos que vão sendo integrados em missões de fiscalização de trânsito, que sempre vão contribuindo para o orçamento do Estado, de forma generosa.
O conceito de prevenção e de proximidade, foi-se diluindo e assistimos agora ao encerramento de esquadras (A criminalidade tem decrescido, segundo apregoam os políticos) em termos concretos de policiamento efectivo e passa-se a ter postos de atendimento, em que somente se presta informação ao cidadão e se poderá receber as denúncias por si apresentadas. Lamentavelmente a tão apregoada racionalização de meios veio a revelar-se uma utopia, pois cada vez à menos gente no terreno a exercer a actividade para a qual recebeu formação, ou seja para ser agente na rua.
Outra característica dos Polícias actuais é a sua maior formação académica, o que também redundou numa situação caricata, que passo a expor: Essa formação que deveria ser uma mais-valia no contacto cidadão/polícia, passou a ser um feira de vaidades, salvo raras excepções, que resultaram num mais servir-se da instituição do que servir.
O espírito de corpo, de amizade e companheirismo, que reinava, também se foi diluindo com o tempo e com a criação de grupo fixos, de elementos que trabalham sempre juntos, perdendo-se assim todo um espírito de união, existente quando todos trabalhavam com todos.
Por tudo isto resta-me ter esperança que num futuro próximo, alguém a quem a política pouco importe e a quem a segurança do cidadão comum, esteja em primeiro lugar, tome medidas no sentido de restituir os polícias à rua e em que a sua missão seja efectivamente a prevenção criminal, evitando assim a extinção deste tipo de pessoas que ainda vai tendo prazer em ser útil ao cidadão comum.
Já gora, para quando o fim de privilégios inadequados aos dias de hoje, como ter polícias à porta de residências dos senhores ministros, em detrimento do policiamento efectivo as ser prestado em prol de todos nós.