Por vezes, encontrámos nos olhos
de um estranho, a negrura do dia.
Os olhos… esses, que imitam o
céu, no escurecer progressivo da alma, pelo derrame de lágrimas, que em vez de
gotas límpidas, são pedaços escuros de dor.
Dores, que se partilham e se
entranham em nós, que se agarram à esperança do azul, que a farda transporta,
mas que o destino enegrece, por uma porta que se abre e por um corpo sem vida, que
nos espera, cansado...da vida, da dor.
A morte de um filho… recusada por
uma mãe, que no cinzento do dia, enegrece o rosto que se me apresenta, sem
forma, sem expressões de vida...rasgado,por lágrimas, que dos olhos brotam sem
fim.
Tarde, tarde de mais…um simples telefonema
e a o negro abate-se no dia carregado de dor ,que de repente se manifesta em
palavras: talvez estivesse zangada com Deus, como eu…
São mortes, que tiram o sono, a
quem o tempo não roubou o sentido da vida, pelo azul de uma farda.