ESTE PORTO

Este Porto...noturno...diurno...
tem sombras, vozes, aromas, que se libertam e invadem as pregas da calçada
tem sonhos..., escondidos, envoltos em papelões
tem sons, que se confundem em silêncios e sirenes
tem gente...espécie de pessoas...com nomes, algumas...
tem vidas, tem filhos, nela criados...abandonados em soleiras
tem sorrisos e lágrimas, trancadas em portas, abertas ao desencanto
tem esperanças,depositadas num raio de sol
tem medos, guardados em dias de chuva
tem paixões... encantos,envergonhados, em jardins habitados pelo vento
tem música, embalada pelo sorriso de uma criança
Este Porto...noturno, soturno, sem côr...sem som, sem vida...
Este Porto...

MOMENTO DO DIA

No dia de ontem, em pleno areal, vivi um momento verdadeiramente hilariante, ao vivo e a cores.

Assim, passo a descrever este momento único, digno de figurar em qualquer manual de relações internacionais.

Um cavalheiro, na casa dos seus 50 anos, explicava a um outro ser da mesma espécie, que a sua mulher chamava-se MARIA da LUZ, mas que em França, o seu nome era MARIE LUMIÉRE.

Perante a minha estupefação, o destinatário de tão afamada explicação linguística, acenava com a cabeça, em sinal de plena concordância.

Agora que fiquei esclarecido com esta versatilidade dos nomes, resta-me na próxima oportunidade, esclarecer o caro senhor que se proventura viajar para países de língua oficial inglesa, deverá informar a sua cara esposa que o seu nome passará a ser LIGHT MARY.

MENINOS DE NINGUÉM

"DEZOITO HISTÓRIAS DE MIÚDOS PARA DESPERTAR GRAÚDOS"

Outra maneira de ouvir e ver, a família e os jovens de hoje

“...Na vida de qualquer polícia há uma esquina à qual a morte se encosta e espreita. Ele poderá nunca a encontrar, se tiver sorte. Mas acompanhá –lo-á sempre o receio de que seja hoje, de que seja agora, quando responder ao chamamento para resolver uma discussão de rua, um assalto a uma loja, um acidente num prédio, uma perseguição na estrada…”

CAMINHOS

Anos…, minutos… de sons, de silêncios, de risos, de lágrimas

De vidas, de mortes, de rostos, disformes, suplicantes, sem nome.

De gestos, desafios, ódios e paixões.

De noites, de dias, de tempos sem definição, de sombras e de formas,

De desabafos, de confissões, de mentiras, que dão pelo nome de verdades,

De chuva, de sol, de piso firme e de caminho desconhecido

De medo, de passo acelerado, de erro, de sabor incerto

De odores a miséria, a desconfiança, de incerteza

De vontade…ser melhor…servir melhor

Anos…minutos…de vidas, que se vão cruzando pela força de um destino

Viagens

Histórias...verdadeiras, que se ouvem, viram e se cruzaram com a nossa.

Aleixo, 17ª esquadra, viaduto de Grijó, nomes...morte, polícia...

CORREIO DE DROGA

Uma viagem a outro mundo...próximo de nós

MAGIA

Muitas vezes, uma janela, é muito mais que um espaço rasgado, por onde a luz entra e a lágrima cai. Hoje, foi esse o caso e a janela foi a entrada para a magia, de coisas simples, que muitas vezes passam ao lado de um simples olhar e nos preenchem a alma.
A criança, pequena, de sorriso rasgado, franco e aberto, de olhos arregalados, que vêem o mundo de baixo para cima, podendo assim tirar outro partido do que a rodeia, pé pequeno, que oscilava entre o entrar e sair, da sandália teimosa e a mão embrulhada numa outra, mais enrugada, mais cansada, mas firme e protectora.
O avô, de cabelo branco, de rosto sereno, corpo vivido, mostrava à neta, a magia de parar um portão com um simples levantar de mão e a criança olhava com espanto a força do avô, que com um simples gesto, parava aquele monstro deslizante, que a fazia recuar.
Depressa o temor, deu lugar à curiosidade e então o avô, curvando a sua sombra, beijou a pequena e colocou-a de forma estratégica, em frente do sensor do portão, mostrando-lhe que também ela era capaz de tal feito mágico e assim, num gesto, a pequena viu o monstro parar e obedecer ao seu levantar de mão, num imitar sem fim.
Depois, ao passarem por mim, os olhos de ambos pousaram sobre mim, sendo que em sentido inverso, uns de baixo para cima e outros de cima para baixo, tendo então o avô dito:” Vês, é o senhor polícia” e a criança sorria e aprendia, o que um dia irá recordar com saudade, assim como eu, sorri… já com saudades deles…

DIZEM POR AÍ, que:

“Os amigos são para as ocasiões”
Mas será que há ocasiões, para aqueles a quem chamamos AMIGOS?

“Quem tem amigos, não morre na cadeia”
Mas será que é condição exigida, para só ali morrer, quem não tem AMIGOS?

“Não há amor como o primeiro”
E como o último, haverá?

“Quem não tem dinheiro não tem vícios”
Então e o crédito mal parado? Ficção?
.
“A falar é que a gente se entende”
pelos debates da nação, confirma-se tal afirmação

"A palavra é prata, o silêncio é ouro."
Então onde fica? o quem cala consente!!!

“A cavalo dado não se olha os dentes”
E então se o bicho tiver cáries, fica assim?

...PORQUE UM DIA...

Porque… um dia é tarde…
Os olhos, devem falar…de ti…de mim
Os lábios, devem ter o gosto …a ti…a mim
Os sonhos, devem ser …de nós
Os sorrisos, têm que reflectir …em ti…em mim
O toque vai ser de …nós
Porque um dia… só restam sombras de sonhos, de ti…de mim…de nós

O AUTOCARRO 303 - CAPÍTULO II

Em plena tarde Primaveril, lá fui eu no autocarro 303, com destino à Batalha, desta mui nobre Cidade do Porto, quando se me depara uma visão sui generis: Assim, sem que nada o fizesse prever ou como obra do destino, dou comigo a ser presenteado com uma imagem que passo a descrever, mas que com toda a certeza não faz jus ao que os meus olhos puderam observar: bem à minha frente, estacionaram umas calças de ganga, de cintura descida, que estavam a servir de ornamento a umas pernas que faziam justiça às calças em questão; Subindo o olhar, deparou-se-me uma camisa, em tons vermelhos, que exibia um generoso decote ao sol, que por ali espreguiçava seus raios e que pelos vistos reflectia o calor que exalava daquela alma. Agora, o que realmente me chamou a tenção, não foram estes pormenores, como já muitos poderão estar a pensar, nas sim o facto, de esta bela espécie, do sexo feminino, transportar na mão um saco, em papel, de cor vermelho, com letras brancas, que me inquietou o juízo e me fez pensar se se trataria de publicidade enganosa ou de uma nova técnica de marketing. As letras que se encontravam impressas, no referido saco, encontravam-se em cinco diferentes idiomas e diziam: UM BEIJO CURA TUDO!!!! Perante isto, que não é pouco, conforme podem constatar, fui condicionado no meu comportamento a ter que observar o artefacto adequado a tal afirmação e que recaía na observação pormenorizada de uns lábios bem delineados, carnudos, em tons rosa. Agora uma coisa é certa, não sei se um beijo cura tudo, mas que aquela rapariga promete aliviar algumas dores, sintomáticas de muitas doenças, lá isso faz…

POVO DAI LUTA

É AGORA…CHEGOU A HORA…

É agora, que todos, mesmo todos, devemos gritar BASTA. Chegou a hora, de abrir bem os olhos e exigir que as pessoas que nos representam, respondam pelas decisões que tomaram, em nosso nome. É agora, que nos cabe a obrigação de dizer que não basta mudar de políticas, mas que é preciso mudar de políticos. Chegou a hora, de acabar com as mordomias, pagas por todos nós, que só servem para exibições da pequenez de caráter. É agora, que tu podes escolher quem te represente com dignidade e em quem te revejas. Chegou a hora, de mostrares que futuro pretendes para os teus filhos. É agora, que podes dizer ” estes políticos não servem, a mim, aos meus filhos, ao meu País". Chegou a hora, de escolheres o destino deste Portugal. É agora, que vais assumir, se são estas pessoas, que nos representam há décadas, se ali vão permanecer. Chegou a hora, de te lembrares que um dia, teus filhos dirão: Os meus pais tiveram a liberdade de escolha e foi neste caos que nos deixaram". É agora, que podes mostrar com clareza, que os partidos políticos existentes e seus constituintes não te enganam. Chegou a hora, de assumires, de teres coragem…É agora…POVO…LUTA

UMA DOR SILENCIOSA

Este livro, é algo que tem que ser divulgado pelo maior número de pessoas.
É um livro, que relata experiências vividas por pessoas, que deveriam ser protegidas pelo Estado, dada a sua situação de fragilidade, quer a nível familiar, quer a nível social.
Envergonhámo-nos de constatar que a Justiça, tem muitos labirintos e pior do que isso é verificarmos a impunidade reinante.
A Casa Pia, será só um despertar de consciências, que eu acredito irá desaparecer tal e qual a vergonha dos homens.

COMO DÓI...

Como me dói...
Essa luz apagada dos teus olhos
Essa lágrima que cai no rosto cansado da vida
Como me dói… a tua dor
Essa ausência de sorriso, de paz
Como me dói…
Essas palavras de medo, de sombras que me perseguem sem fim
Como me dói…
Não poder apagar os dias, as horas
Como me dói …
O presente, a criança do passado
Como me dói…não te poder proteger com os meus braços
Como um dia tu o fizeste
Como dói…

DIA DOS NAMORADOS

A obrigação de dizer…,
de mostrar…,
de atribuir um sentido à data,
de não ser diferente, da maioria, porque das minorias ninguém fala ou lembra.
Quem desfrutou um único dia, do prazer do sol, não ser só um astro,
de o céu, ser mais do que um tom azul,
de o mar, ser infinito,
de os olhos, serem mais do que um adorno para ver?
Não precisará de datas, porque cada instante é único e porque o simples respirar da pessoa que nos abraça …chega.
Quem já leu, nos olhos, a alma do parceiro,
Quem já sentiu o mundo, parar num beijo
Quem já não dormiu, a contemplar o outro,
Não precisa de datas
Precisa é que esses momentos se eternizem e se possam chamar por um nome…

111

Experimenta somar à data do ano do teu nascimento( últimos dois números), o número de anos que fazes, no corrente ano e vais ter a surpresa de verificar que resultado é igual para toda a gente ( 111).
Agora porquê que isso acontece é que é a questão.

Anna Politkovskaia

A força das palavras, que culminaram no assassinato da autora do livro.
Uma visão do conflito, de alguém que esteve no terreno e vivenciou histórias únicas. A procura de respostas, para a impunidade de militares.
A história desconhecida da popularidade de Putin.
A sensação de que os Homens só vêm o que querem.
Ler este livro é somente acreditar que a morte das Annas não é em vão e que afinal ainda há quem se importe.

NASCIDOS PARA CORRER

Se queres saber, porque correr é algo de único,
Se queres saber, porque alguns correm mais do que outros,
Se queres saber, porque comprar umas sapatilhas caras, é um grande erro
Se queres saber, o que faz as pessoas correr
Se queres saber, como te tornar melhor pessoa,
Deves então, ler este livro

ARMADILHAS

Qual será a maior armadilha que o Homem enfrenta, durante a sua viagem terrena?

Hoje, após grande meditação, porque o homem não vive só do espírito, cheguei à conclusão que a maior armadilha, dá pelo nome de MULHER (entenda-se do sexo oposto ao homem e não imitações). Assim, vejamos, antes que me crucifiquem (pelo menos as seguidores do género feminino) se contra fatos não há argumentos, aqui vão os fatos, deixando para vós os argumentos:
São soutiens push-. up, que levantam o que a gravidade obrigou a descer, são calças modeladoras, que modelam, o que perdeu a forma, são cintas redutoras, que reduzem, o que vai sobrando, são unhas de gel, que encobrem as consequências de vícios de roedores, são botox, que fazem rugas parecer linhas , são implantes de silicone, que fazem qualquer uma fazer inveja à Dolly Parton, são extensões, que fazem com que um corte radical se transforme numa juba de leão, etc…etc…
Assim sendo, fico com a sensação de que isto até poderá ser enquadrado no nosso código penal, sob o nome de crime de BURLA (consiste na obtenção de dinheiro ou de outro benefício ou vantagem patrimonial através de um fingimento ou engano que induz a vítima em erro).
Fica-se quase com a sensação que é um pouco como após ter adquirido um Mercedes, se venha a constatar que de Mercedes só vem a estrela no capôt e que o resto é material linha branca.
Assim se chega à conclusão que tal como outras coisas nem tudo o que parece é, faltando saber se mais vale sê-lo do que parece –lo.