sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

GRITOS...


Síria, será talvez o teu verdadeiro nome.
Irrompeste do frio, madrugada dentro, com os olhos carregados do negrume do desespero. Murmúrios que se tornaram palavras, desbravaram a distância que separa o polícia da viciada e o apelo da alma surge.
Teus olhos escuros, inexpressivos, falavam de dores de alma, de protestos silenciosos, de dores reais.
Foi passado, presente e indiferença do futuro, que nos levou por tempo a ser cúmplices das sentidas pedras da rua.
Droga… sempre esta palavra, que vai roubando sonhos e transforma sorrisos em lágrimas que não se ouvem.
Depois, chegou a dor, expressa na fala, ao mencionares uma criança, que não sabe a palavra mãe e a face endurece com tremores de lábios rasgados, pela ausência da voz.
Foram momentos breves, agasalhados pela disponibilidade de ouvir. Só isto...porque afinal todos sentimos e precisámos de desabafar.
Já são oito horas e o Aleixo chama mais uma vez pela dor alheia…

3 comentários:

Anónimo disse...

=s

Joao Mouteira disse...

Isabel: como tu dizes os meus conhecimentos informáticos estão um pouco ...por isso vou tentar descodificar esse teu comentário.

francisco miguel disse...

caro joão: tenho a certeza que foste um rasgo de luz na noite escura daquela pessoa, e acredito que esse género de luz deixa sempre uma marca que o girar do mundo não apaga. abraço