Num olhar, vidas encobertas
Numa ruga, cicatrizes da vida
No silêncio, a indiferença
Na fala, o sobreviver
No dormir, o esquecer do tempo
No acordar, o fantasma da fome
Tantos… sem rosto, sem nome, sem idade
Indiferentes ao passar do transeunte, que para eles olha e nada vê
Egoísmo? Conformismo? Indiferença? Sinal dos tempos?
Tantos, sem Porto de abrigo…
Numa ruga, cicatrizes da vida
No silêncio, a indiferença
Na fala, o sobreviver
No dormir, o esquecer do tempo
No acordar, o fantasma da fome
Tantos… sem rosto, sem nome, sem idade
Indiferentes ao passar do transeunte, que para eles olha e nada vê
Egoísmo? Conformismo? Indiferença? Sinal dos tempos?
Tantos, sem Porto de abrigo…
3 comentários:
Esse Porto de abrigo passa por cada um de nós, por cada mão estendida, por cada ajuda ainda que nos pareça pequenina. Quando os dias parecem não ter fim e as horas de sofrimento e solidão os devoram por dentro, às vezes um sorriso chega para aquecer a alma e não os fazer desistir. Não podemos cair no banal da sociedade que passa ao lado, por os ver como já parte da paisagem urbana. Se temos consciência e sensibilidade, cabe-nos a nós assumir a veia humana que nos assemelha e iguala.
Ola de novo.Obrigado pelo teu comentario, mas também pela partilha que neste espaço expões sem temores ou preconceitos. Ambos compreendemos de uma determinada forma esse mundo que existe por trás da cortina, de muita miséria e luta pela sobrevivência nas ruas do nosso Porto. Mas gostava de aqui deixar também uma outra coisa, que concerteza também sabes. Que existe uma luz, um brilho no olhar daqueles e daquelas que recebem ajuda que vale mais, cá dentro, que muitos bens materiais ou qualquer prestígio social. E é uma luz de pessoas, no sentido mais completo do termo, muitas delas arredadas da sociedade por si ou por outros, mas com um potencial humano enorme, que sinto quando perguntam sobre a nossa vida, sobre os nossos proprios problemas (que julgamos às vezes tão grandes), que nos fazem sorrir quando afinal nós só vemos nelas razões para fugir ou entristecer. Há uma luz nesse mundo de solidão. Resta-nos a nós querer agarrá-la, querer ver o mundo como de facto ele é, e darmos mais algum sentido a esta nossa breve passagem por cá. Fica o desafio a quem por aqui passar (e perdoa-me a publicidade).
http://fasrondas.blogspot.com/
Isabel e Miguel:os vossos comentários são verdadeiramente importantes, pois sei que sois pessoas diferentes da maioria e por isso mesmo sensiveis a estes aspectos. Mais importante ainda é a vossa contribuição para mudar a nossa sociedade ao efectuardes voluntariado.Assim cabe-me felicitar-vos pela vossa postura perante a vida.
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