terça-feira, 15 de setembro de 2009

IMAGEM/PRECONCEITO



A entrar no palco, surgiu uma senhora, que não tinha as medidas de uma modelo, que também não era jovem, nem bela, não tinha envergadas as vestes da moda, muito menos se encontrava com o cabelo alinhado e devidamente maquilhada e então o júri, composto por três pessoas, sorriu…

O público sentiu-se ultrajado por aquela imagem tão pouco feminina e fácil foi de adivinhar os comentários feitos em surdina.

Por fim abriu a boca e disse ser solteira e modesta…sem grandes pretensões da vida, disse ter um sonho…novos sorrisos, por parte de quem admite que sonhar só é permitido aos jovens belos, com as medidas certas e que usam roupas giras.

Assim cantou… e algo aconteceu…uma voz divina que ofuscou o conceito do belo, uma voz que não necessitou de um corpo de manequim, para ser ouvida e muito menos precisou de roupas graciosas, para se impor.

No fim…pedidos de desculpas por parte de um elemento do júri, por acaso do sexo feminino, que reparou que não é necessário ser-se belo e jovem, para sonhar e o público?

Esse, possivelmente teve inveja daquela senhora que sonhou e realizou o seu sonho ao contrário de muitos jovens e belos, que por ali se encontravam…Aplaudiram com a consciência pesada pelos valores que interiorizaram e ela enviou beijos genuínos para todos.

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