sábado, 23 de janeiro de 2010

“A frente de batalha nem sempre se situa onde seria de esperar “



No princípio, já lá vão vinte anos, pensava que seria na rua que teria de travar a minha luta. Depois, não demorou muito, descobri que isso era só uma parte da verdadeira guerra que me esperava.
A verdadeira luta, travava-se bem longe desta realidade, nos gabinetes de gente importante, que não precisa de ouvir opiniões, para decidir.
Gente, que decide encerrar esquadras, que decide criar projectos bonitos, dotados de nomes pomposos, mas sem qualquer utilidade ao cidadão comum, gente que não conhece a guerra das ruas, mas decide.
Agora, por fim, reconheço que a luta é irreal, pois enquanto não houver uma politica séria, em que a segurança seja efectivamente uma preocupação, sem cores e apartidária, não haverá tréguas e os vencedores desta luta infrutífera, serão sempre os marginais.
Lamentavelmente, os protagonistas desta luta real, que se trava no dia-a-dia, nas ruas destas cidades, não são ouvidos, são apenas meios ao dispor, para travar guerras e no fim quem se ri, não sou eu, nem és tu, são apenas aqueles a quem convém este estado de coisas. Por fim, reparo agora, parafraseando o meu amigo Vilares, que até os guerreiros, são diferentes na sua postura e no seu modo de combate.

6 comentários:

francisco miguel disse...

como eu te percebo. lá para os meus lados também sinto isso quando vejo que mais de 3/4 do trabalho serve de burocracia para sustentar outros tantos serviços e pessoas que vivem de estatisticas, numeros e formas de controlar quer o trabalho dos outros, quer o seu proprio trabalho e a justificação para o seu proprio oficio, o que ainda é mais ridiculo. As pessoas sao o menos neste sistema. E as lutas que hierarquias travam entre si para dizer a eles proprios (porque quem precisa nao esta para os aturar) quem afinal é que manda. Faz-nos duvidar da nossa propria sanidade em tomarmos o encargo de certas missões. Mas a vida é mesmo assim!

Joao Mouteira disse...

Miguel: Lamentávelmente, o nosso barco navega sem rumo e sem timoneiro.

Mr. Coxas disse...

bem, os policias de vex enquando teem alguma coisa que faxer xP na brinca

olha, ja agora keres comprar uma farinha? xD

mas pronto, e' um trabalho como todos os outros, com o trabalho nao se brinca e ha que dar o valor ao trabalho que os outros fazam, porque ao contrario de certas pessoas ao menos teem trabalho, e um aprofisssao a manter. o que intreça e' que gostes, um grande abraço

Joao Mouteira disse...

Coxas: esse teu Português está meio arcaico, mas deu para perceber a tua mensagem.Comprar uma farinha???

francisco miguel disse...

queres ver que o rapaz quer...da branca? Da farinha branca de neve?! o mundo esta perdido

Sílvia disse...

Posso ainda nao ter muita experiencia neste percurso que é a vida, mas sei que cada vez mais, as pessoas nao sao valorizadas pelo seu trabalho e esforço, mas sim pelos seus conhecimentos. Podemos observar isso principalmente na política, onde inúmeros estão a desempenhar altos cargos em que nao sabem o que fazem, mas apenas lá estão porque já tinha feito um favorzinho antes..
Mas como pessoas humildes e trabalhadoras que somos, nao podemos baixar os braços, mesmo quando vemos injustiças; temos é de ganhar mais coragem e acreditar que sendo como somos, um dia, vamos derrotar aqueles que decidem coisas que nao sabem obter.