quarta-feira, 28 de abril de 2010

Histórias...



Esta poderia ser a minha história. Uma história, repleta de sons, de toques, de odores, de encontros e desencontros. Poderia ser uma história, em que as músicas, são algo mais do que se ouve, em que os cheiros, têm significados, em que os olhares, marcaram dias e noites, em que palavras, foram algo mais do que se disse ou se escreveu, em que as cores, mudavam consoante o olhar. Seria uma história parecida com outras, com dias sem fim, com noites que pareceram dias e seriam certamente histórias de sonhos e de mundos. Poderia ser a história de alguém que procurou nos olhos dos outros, o sentir do seu viver, poderia ser a história de alguém que não quis crescer, de alguém, que no cair do orvalho, sentiu a vida. Poderia ser a história de alguém que num dia de sol se sentiu só e num dia de chuva, se sentiu amado. De alguém, que no olhar de um desconhecido, encontrou respostas, de alguém, que em sorrisos conhecidos, descobriu mentiras. Seria certamente a história de alguém, que fez dos minutos dias e fez das noites estradas para os seus sonhos.
Poderia ser isto e muito mais, poderia ser o gosto de um beijo, poderia ser a ternura de um dar de mãos, poderia ser o descobrir da imensidão do mar, poderia ser uma sensação, uma cor, poderia ser a minha história…

quinta-feira, 22 de abril de 2010

NOITES




Brisa suave que afaga pensamentos… que desperta sentidos…que rasga, o silêncio da noite

Encontros perdidos da lua, com sombras de olhares… que repousam

Aromas… que se dissolvem no dormitar da calçada

Corridas silenciosas de sonhos, escondidos …envergonhados

Silêncios…vozes apagadas….consciências…que se encobrem em passos nocturnos, sem rumo…sem voz…

Sombras… de vida, acarinhadas no toque mágico da noite

quarta-feira, 14 de abril de 2010

SENTIMENTOS


Cansado, será porventura a palavra exacta, que descreve o meu estado de espírito. Cansado de ouvir verdades, que soam a mentiras, mentiras, que mais parecem verdades, de ouvir… meias verdades. De ansiar sonhar,só com cheiros, sem rostos, nem vozes, como escreve José Cardoso Pires. Cansado de ouvir palavras, de rostos sem voz, que saltam dos olhos, mesmo à frente de nós. Cansado de não ter respostas a essas lágrimas, cansado de ouvir e agora?Cansado de sair e ter que olhar para as sombras, cansado de ver quem tenho nas minhas costas, cansado de carregar uma arma, como fazendo parte do meu corpo.Cansado de dizer confie na Justiça,cansado de não ver respostas.

Por vezes, estou mesmo cansado de ver crescer esta era dentro de mim.

sábado, 3 de abril de 2010

RUMOS


Voando, livre como um pássaro, que não conhece a restrição à liberdade, na procura de um sentido, de uma razão, de um entendimento, para o respirar ansioso, que te invade.
Sem amarras, sem censura, vagueias à espera do encontro que te dê um rumo, uma estrada que te conduza à descoberta da harmonia.
Alcançar com a vida o que a alma anseia, sentir que valeu a pena.
Num olhar, descobrir o espelho da vida, num respirar sentir o que não se vê.
Sempre na procura de um sentido para o abrir dos olhos…
Encontrar a razão de sorrir ao Sol, de abraçar o vento, de saborear a chuva.
Voando, voando…livre…saboreando a vida.