sábado, 16 de abril de 2011

O AUTOCARRO 303 - CAPÍTULO II


Em plena tarde Primaveril, lá fui eu no autocarro 303, com destino à Batalha, desta mui nobre Cidade do Porto, quando se me depara uma visão sui generis: Assim, sem que nada o fizesse prever ou como obra do destino, dou comigo a ser presenteado com uma imagem que passo a descrever, mas que com toda a certeza não faz jus ao que os meus olhos puderam observar: bem à minha frente, estacionaram umas calças de ganga, de cintura descida, que estavam a servir de ornamento a umas pernas que faziam justiça às calças em questão; Subindo o olhar, deparou-se-me uma camisa, em tons vermelhos, que exibia um generoso decote ao sol, que por ali espreguiçava seus raios e que pelos vistos reflectia o calor que exalava daquela alma. Agora, o que realmente me chamou a tenção, não foram estes pormenores, como já muitos poderão estar a pensar, nas sim o facto, de esta bela espécie, do sexo feminino, transportar na mão um saco, em papel, de cor vermelho, com letras brancas, que me inquietou o juízo e me fez pensar se se trataria de publicidade enganosa ou de uma nova técnica de marketing. As letras que se encontravam impressas, no referido saco, encontravam-se em cinco diferentes idiomas e diziam: UM BEIJO CURA TUDO!!!! Perante isto, que não é pouco, conforme podem constatar, fui condicionado no meu comportamento a ter que observar o artefacto adequado a tal afirmação e que recaía na observação pormenorizada de uns lábios bem delineados, carnudos, em tons rosa. Agora uma coisa é certa, não sei se um beijo cura tudo, mas que aquela rapariga promete aliviar algumas dores, sintomáticas de muitas doenças, lá isso faz…