
PARA VIVER COM FANTASMAS, É PRECISO SOLIDÃO, segundo Anne Michaels, em “Peças em Fuga”.
Assim e porque é noite de Natal, a ausência de vestígios humanos, deu lugar à invasão citadina, levada a cabo pelas sombras de fantasmas inertes, com formas sinistras, que se confundem em obstáculos ao vento, que se faz lamentar, em uivos.
Silêncio, das paredes vazias, que se destroem em fugas desenfreadas, sob os pneus das viaturas que repousam, perante o olhar indiferente da lua.
Frio, muito frio, o silêncio…o despertar da calada noite, em sorrisos, que também são por vezes de solidão.